Este é um livro que estimula os professores a pensar sobre as alterações que a profissão tem vindo a sofrer ao longo dos últimos anos e nas transformações que a prática docente tem vindo a enfrentar a partir de uma reflexão inicial sobre “Ser professor: a alquimia do conhecimento e da emoção”. Estruturado a partir de quatro capítulos os leitores são orientados a partir da apresentação de modelos de inteligência, de modelos de aprendizagem e de metodologias de ensino.
“Ser professor, a alquimia do conhecimento e da emoção – Um guia para professores do século XXI”, é uma obra muito oportuna na atual conjuntura da escola portuguesa e que espero possa vir a contribuir para a construção de novas oportunidades de sucesso educativo para os alunos.
Ariana Cosme
In prefácio
Sendo necessário reconhecer que há variáveis exteriores ao exercício da função docente que interferem na actividade profissional dos professores, interessa-me, olhar e abordar esse exercício e esta actividade a partir e em função, da natureza e do sentido do trabalho escolar que os docentes animam e protagonizam, em conjunto com os seus alunos, e no âmbito de contextos escolares sujeitos a um determinado conjunto de constrangimentos políticos, sociais, culturais, institucionais, organizacionais, curriculares e pedagógicos. Trata-se de uma opção que é congruente com o propósito de promover uma reflexão séria e sustentada acerca da possibilidade dos professores, hoje, poderem construir outros sentidos para a actividade que realizam, enquanto condição necessária ao processo da sua afirmação profissional no âmbito de escolas que, graças às transformações do mundo e da sociedade em que nos encontramos inseridos, os obrigam a confrontar-se quotidianamente com problemas de grande complexidade humana, técnica e científica.
Read MoreAs aspas do título deste livro de Nuno Carneiro como que traduzem as dificuldades e imprecisões de todos os debates em redor do tema da orientação sexual.
O livro de Nuno Carneiro inicia-se com a ligação entre o tema das “homossexulidades” e as questões da cidadania, demonstrando como o termo gay e lésbica se revelam emancipadores e se inscrevem no território das identidades e não das patologias, encerrando a primeira parte com a análise do desenvolvimento psicológico nos contextos “opressivos” em que ocorreram.
A segunda parte ilustra algumas vivências “homossexuais” em Portugal, a partir de um estudo empírico realizado junto de gays e lésbicas portugueses: sem nunca abandonar o rigor científico, a investigação demonstra com clareza a discriminação a que foram submetidos os sujeitos do estudo e constitui-se como “grito de libertação”, ao reclamar uma “cidadania de amor igual”.
Daniel Sampaio
Professor Catedrático de Psiquiatria e Saúde mental
“Chamada “crise da educação” justifica que, em diferentes perspectivas, se multipliquem trabalhos que têm vindo a ser feitos sobre problemas que se enfrentam neste campo. Vivem-se actualmente tempos perturbados que, assumindo formas mais ou menos violentas, se fazem sentir em muitos países e em diferentes zonas do globo. Esta crise, que tem significativos reflexos também na semi-periferia europeia como Portugal, tem curiosos efeitos nas relações que cada sociedade estabelece com a educação. Os processos educativos, denunciados pelos trabalhos desenvolvidos no quadro das Teorias da Reprodução, como tendo um funcionamento que se articula com a manutenção da sociedade estratificada são, neste contexto de crise social, objecto de uma crítica que, curiosamente, parece ir no sentido contrário. A escola é agora descrita, por alguns, como incapaz de produzir nos alunos as competências necessárias às exigências de um mercado de trabalho e do domínio da(s) tecnologia(s). ”
Educar as pessoas para o pleno exercício de seus direitos e deveres tem se tornado um desafio cada vez maior em nossos dias. Para tanto elas precisam produzir saberes, desenvolver valores que as habilitem a participar da sociedade, mais consciente e autonomamente, como sujeitos activos. A produção de saberes exige o desenvolvimento de uma atitude de constante reflexão, criatividade, diálogo, diante do avanço da modernidade tardia, ou da pós-modernidade no mundo globalizado. Vivemos hoje, culturalmente, a acelerada multiplicação e renovação das informações nas diferentes áreas do conhecimento, o aprofundamento da racionalidade instrumental, com seus efeitos hierarquizadores dos saberes, diluidores das memórias e das identidades singulares, excludentes do outro, do diferente. Diante, deste cenário desafiador, como garantir que todos possam produzir saberes de modo a fortalecer sua autonomia e sua realização pessoal e colectiva? Nesse contexto de transformações, o acesso à escola pode ser um primeiro passo, embora não seja o único nem o suficiente. A instituição escolar pode ser um lócus de fortalecimento cultural dos sujeitos envolvidos, desempenhando um papel, não apenas quanto à produção de saberes sistematizados, mas também quanto aos valores que formam a base da autuação dos cidadãos. A atitude de aprendizagem contínua surge como uma necessidade para o cidadão consciente, politicamente activo, que se quer formar neste século XXI.
É diante desse quadro que o professor é chamado a assumir responsabilidades, cuja importância merece ser destacada. A escola que atenda a tais possibilidades educacionais, nos dias actuais, precisa de um professor disposto e preparado para formar cidadãos e que se abra no efectivo diálogo com estes mesmos sujeitos – os quais, a partir de seus saberes da experiência, sintam-se constantemente motivados a buscar e a construir novos conhecimentos. Um professor que assuma a função de orientador do processo de produção de conhecimentos, que trabalhe em equipe com seus pares e estudantes e que seja um estimulador da construção de saberes plurais – a partir das interacções que ocorrem no ambiente educativo – saberes tecidos via relações mais dialogais com os outros, os diferentes.
Este livro é uma possibilidade de encontro com diferentes experiências, produzidas por diferentes autores, situadas em diversos países – Brasil, Canadá, Colômbia, Israel, Portugal – voltadas para a importante questão da formação de professores, no contexto dos desafios educacionais presentes em nosso século.
A avaliação é um fenómeno educativo (se é educativo deveria educar ao ser realizado) que condiciona todo o processo de ensino e aprendizagem. Por isso, é importante questionar a natureza do mesmo, a sua finalidade e as dimensões éticas, sociais e políticas que o impregnam. Essencialmente, é um fenómeno mais ético do que técnico. Nesse sentido, é indispensável saber a quem beneficia e a quem prejudica quando se leva a cabo, que valores serve e que valores destrói. A avaliação pode servir para muitas finalidades. O importante é utilizá-la como meio de aprendizagem, como um modo de compreender para melhorar as práticas que constituem o seu objecto de estudo. A metáfora “uma seta no alvo” serve para compreender, com clareza, que se pode utilizar a avaliação para classificar, comparar, seleccionar ou, simplesmente, qualificar. É necessário, no entanto, utilizá-la para aprender e para melhorar a aprendizagem dos alunos, a dinâmica das escolas, a formação dos professores e a implantação das reformas.
Read MoreSabia que a melhor hora para aprender uma coisa nova é nas primeiras duas horas depois de acordar e nas últimas duas horas antes de se deitar? Sabia que destacar elementos-chave com cores aumenta a sua probabilidade de memorização em 25%?
Laura Erlauder estudou os últimos desenvolvimentos na investigação neurológica e aplicou-os ao ensino na sala de aula, numa abordagem simultaneamente científica e intuitiva. Empregando a sua experiência como professora e directora de escola, Erlauder resume as principais descobertas e mostra como os professores as podem utilizar na aula, abordando tópicos como:
– a utilização mais eficaz da aprendizagem cooperativa;
– métodos simples para reter a atenção dos alunos ao longo de toda a aula;
– pistas para envolver os alunos na tomada de decisões, de modo a aumentar o seu empenho e sucesso;
– guiões para tornar o conteúdo das aulas mais motivante para os alunos;
– indicações generalizadas para reduzir o stress na aula e na escola.
Cada capítulo fornece exemplos reais, mostrando como as descobertas recentes podem ser utilizadas para melhorar a aprendizagem dos alunos. As ideias e estratégias apresentadas provêm de uma grande variedade de níveis e disciplinas e podem ser utilizadas de imediato na aula para aumentar o sucesso dos alunos.
Read MoreAs questões relativas à formação de professores e ao seu desenvolvimento profissional ganharam uma acrescida relevância, no âmbito da União Europeia, na sequência das orientações consagradas na designada “Estratégia de Lisboa” (Março de 2000). Essas orientações vieram enfatizar o papel chave da qualificação de recursos humanos no contexto das políticas de Aprendizagem ao Longo da Vida. Aos professores é atribuído um papel decisivo, como agentes de mudança, num processo de modernização educativa e na concretização de ambiciosas metas educativas. Esta orientação geral viria a ser confirmada aquando da realização, em Lisboa, em Setembro de 2007, da Conferência “Desenvolvimento profissional dos professores. Para a qualidade e para a equidade da aprendizagem ao longo da vida”, no quadro da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia ” Rui Canário”
Read MoreSim ou Não? destina-se à estimulação da linguagem de crianças a partir dos 2 anos, podendo ser usado por qualquer cuidador da criança (pais, terapeutas da fala, educadores, professores, psicólogos e outros técnicos especializados).
Este material poderá ser útil enquanto o desenvolvimento da linguagem está a decorrer e ao utilizá-lo com diversas estratégias, permitirá aumentar o grau de dificuldade e assim estimular a compreensão e a expressão da linguagem, adequando ao nível de desenvolvimento em que a criança se encontra.
O teatro-educação, proposto como objeto na presente investigação, pretende desenvolver o argumento de que a educação pela arte, com enfoque no teatro e na expressão dramática,pode ter um impacto favorável na construção de identidades inclusivas, em contexto escolar no ensino secundário. Assim,referem-se as escolas como espaço de excelência para a implementação de ensino, contemplando a dimensão não formalda educação que garante a aquisição de ferramentas vitais ao desenvolvimento vital nos domínios psicossociais.
Será analisado o teatro e a educação pela arte, bem como noções de cidadania na perspetiva de alunos e professores que integrem grupos de teatro escolar, de modo a entender de que forma estes verificam pertinência nestas dinâmicas que se enquadram nas aprendizagens não formais.
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